sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Aos padres de Betim e da Arquidiocese de Belo Horizonte

O papa São Pio X, na encíclica Pascendi Dominicis Gregis já nos alertava que,
 os fautores do erro já não devem ser procurados entre inimigos declarados; mas, o que é muito para sentir e recear se ocultam no próprio seio da Igreja, tornando-se destarte tanto mais nocivos quanto menos percebidos”; e que

“muitos membros do laicato católico e também, coisa ainda mais para lastimar, a não poucos do clero que, fingindo amor à Igreja e sem nenhum sólido conhecimento de filosofia e teologia, mas, embebidos antes das teorias envenenadas dos inimigos da Igreja, blasonam, postergando todo o comedimento, de reformadores da mesma Igreja; e cerrando ousadamente fileiras se atiram sobre tudo o que há de mais santo na obra de Cristo, sem pouparem sequer a mesma pessoa do divino Redentor que, com audácia sacrílega, rebaixam à craveira de um puro e simples homem”; e ainda

“os mais perigosos inimigos da Igreja. Estes, em verdade, como disseram, não já fora, mas dentro da Igreja, tramam seus perniciosos conselhos”;

Infelizmente, como dizia o Santo Padre, os piores inimigos da Igreja se encontram, ocultos dentro Dela; fingindo amor e zelo, destilam suas doutrinas cheias de veneno e heresias.
Não é difícil ver nem ouvir, da boca de quase a totalidade dos bispos do Brasil e dos padres de nossas paróquias as heresias condenadas pela Igreja: modernismo, comunismo, ecumenismo e liberdade religiosa.

Tomam atitudes contrárias a Sagrada Doutrina e contra a Sagrada Tradição. Desprezam, sem nenhum constrangimento, toda a Sagrada História da Igreja. Rejeitam os mandamentos de Nosso Senhor e da Igreja e ensinam novidades heréticas, panteísticas, como as Campanhas da Fraternidade, onde se preocupam com a água, a Terra, o ar, a saúde pública e não lembram aos fiéis que é preciso, acima de todas as coisas, amar a Deus e fazer Sua vontade, que é preciso que levem uma vida santa, odiando o mundo e suas pompas por que “quem se faz amigo do mundo se torna inimigo de Deus” , que precisam se confessar regularmente e defender sua fé; se esquecem que a principal ocupação de um bispo e um sacerdote é zelar pela glória de Deus e pela salvação das almas.

O próprio papa Bento XVI, na carta que enviou aos bispos do Brasil por ocasião da CF/2012, deu um tapa de luva nos discursos comunistas ao lembrar que “o que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier perder a alma?” Para ver toda a carta do Santo Padre aos bispos do Brasil clique aqui.

E o que dizer dos padres, que na maioria das vezes, são escândalos para os fiéis? Além de costumes que são reprováveis mesmo entre simples leigos, dão pouco, ou nenhum testemunho da vida de Nosso Senhor, que foi pobre, casto e obediente.

Na cidade de Betim, como em quase todo arquidiocese de Belo Horizonte em Minas Gerais, os padres permitem que se faça tudo em suas igrejas: cristotecas, missas afros, sertanejas, encontros ecumênicos como no convento franciscano desta cidade.

Mas se se quer ensinar o catecismo católico e celebrar a Missa no Rito Tridentino eles não permitem, dizem que não podem “romper com a comunhão” da forania e da cidade. Promovem tudo que é repreensível e proíbem o que é católico.

A verdadeira comunhão católica é a comunhão que se deve ter com o Santo Padre e com os bispos e sacerdotes em comunhão com a Santa Sé. Nós não devemos ter comunhão com padres nem bispos que ensinam heresias e deixam os fiéis desamparados e abandonados.

Nosso Senhor criou a Igreja Católica com uma hierarquia. O Papa, os bispos e os padres. O Papa, chefe supremo e visível da Igreja, Vigário de Cristo na Terra, nosso grande pastor; os bispos, sucessores dos apóstolos, cada um responsável por uma Igreja particular, que governa com submissão ao Santo Padre e os sacerdotes que representam os bispos em cada paróquia.

Sendo assim, o bispo tem a autoridade máxima em sua diocese e o padre em sua paróquia e falam em nome da Igreja. Respondam-nos senhores padres de Betim e da Arquidiocese de Belo Horizonte: a CNBB tem autoridade para falar em nome da Igreja? As foranias falam em nome da Igreja? Se a resposta dos senhores é sim, quem lhes concedeu essa autoridade? São instituições hierárquicas instituídas por Nosso Senhor? Certamente não.

Portanto não obedecemos a CNBB e nem as Foranias! Obedecemos e somos submissos primeiro a Deus, por que “convém antes obedecer a Deus que aos homens”, e ao Santo Padre, quando fala em fé e moral; aos bispos e sacerdotes em comunhão com ele.

Rejeitamos e desobedecemos a qualquer bispo e sacerdote que não estiver em comunhão com a Santa Sé Apostólica, todo e qualquer bispo e sacerdote que ensine, por palavras e por escrito, contra a doutrina e moral católica, de tradição bi-milenar; desobedecemos a todos que pregam e defendem o modernismo, o comunismo, o ecumenismo e liberdade religiosa e todos aqueles que “se fazem inimigos da Cruz de Cristo”.

E junto com são Jerônimo dissemos: “Ser-me-á suficiente responder que jamais poupei os hereges e que empreguei todo meu zelo em fazer dos inimigos da Igreja meus inimigos pessoais”.

Queremos e precisamos ser católicos por que “fora da Igreja não existe salvação”, e procuraremos, ajudados pela graça de Deus, levar mais almas a serem católicas e aderirem a Nosso Senhor, repudiando todo modernismo, comunismo, ecumenismo e liberdade religiosa, que infelizmente impregnaram a alma de grande parte do episcopado e do clero brasileiro.

Na festa de São Matias, apóstolo e Mártir

Contagem, 24 de fevereiro de 2012

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