quinta-feira, 12 de abril de 2012

Quem é que está mesmo fora da comunhão da Igreja??

Prezados amigos,
Salve Maria!
Esta semana, lendo dois textos que foram publicados pelo site Fratres in Unum e rememorando os últimos acontecimentos com os fiéis à Tradição de Betim, quedamos a pensar diversas coisas.
Os dois textos que abaixo publico é do Dom Paulo Sérgio Machado, ordinário de São Carlos, São Paulo. Neles, o sr. Bispo trata de assuntos bastante polêmicos (embora muito bem resolvidos pela Igreja desde muito tempo).
Os fiéis de Betim, fiéis à Tradição católica de há séculos, estão sendo ameaçados, pelo clero local, de excomunhão, entretanto, não vemos motivo algum para que isso aconteça. Estes fiéis, ao contrário de muitos, não estão em cisma, não negam nenhum dos dogmas católicos, e, ao contrário, incentivam a todos a crer naquilo que a Igreja sempre ensinou. Não são a favor do aborto, da eutanásia, do comunismo e etc. Estes fiéis, diferente de muitos, estão em total comunhão com a Igreja Romana, com o Santo Padre, com os bispos em comunhão com o Papa e com os padres, em comunhão com os bispos que estão em comunhão com o Sumo Pontífice. Estes fiéis são obedientes ao Magistério Dogmático Imperecível da Igreja, ao contrário de muitos que não são e nem estão ameaçados de excomunhão.
Parece-nos que houve uma revira-volta na Igreja em Betim. Os que são fiéis à Tradição da Igreja são ameaçados de excomunhão, enquanto os que são a favor de todas as práticas imorais (como a defesa do uso de preservativos e contraceptivos, legalização do aborto e da eutanásia, legalização da união civil homossexual, etc.) são louvados e exaltados! Quando dizemos “os que são a favor” não estamos falando de X ou Y. Nem de uma categoria ou de outra. Nem de leigos ou do clero.
Mas voltando aos malfadados textos do Dom Paulo Sérgio Machado, poderemos verificar que houve um afastamento brusco da Doutrina perene da Igreja. Será que fomos apenas nós da Associação que pensamos que houve um choque entre os textos e a Doutrina da Igreja ou isso é um pensamento geral dos católicos? Será que são mesmos os associados da Associação Cultural Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos quem estão afastados da Verdadeira Fé? Como diria Santo Atanásio: “Ainda que os católicos fiéis à Tradição se reduzam a um punhado, são eles a Verdadeira Igreja de Jesus” - 373 d.C. Para saber mais, clique aqui.
Eis os textos de S. Excia. Revma. Dom Paulo Sérgio Machado:

Dois artigos de Dom Paulo Sérgio Machado, ordinário de São Carlos, São Paulo. Lá também, como em muitos outros lugares do Brasil, não chegou a carta do Santo Padre dirigida aos bispos que acompanha o Motu Proprio Summorum Pontificum. Embora os cientistas ainda não tenham “inventado um aparelho para abrir cabeças”, muitas delas “de vento”, sua leitura lançaria algumas luzes sobre as trevas da ignorância que cobrem a mente um tanto “fora de linha” do senhor bispo.
O Retorno à Idade Média
Não consigo entender como, em pleno século XXI, existam pessoas que querem a volta da Missa em latim, com o padre celebrando “de costas para o povo”, usando os pesados paramentos “romanos”. Estamos celebrando, neste ano, os cinqüenta anos da abertura do Concílio Vaticano II, quando já sentimos a necessidade da realização de um Vaticano III e encontramos gente que quer retornar ao passado. E, o que é mais  preocupante, são pessoas que freqüentaram a universidade, que entraram na universidade, mas a universidade não entrou neles. Penso que é hora de os nossos cientistas inventarem um aparelho para “abrir cabeças”. O “desconfiômetro” já está ultrapassado, mesmo porque estas pessoas não desconfiam que estão “fora de linha”, “fora de época”. Querem, a todo custo, a volta ao passado. Vivem de milagres e aparições, de devoções e pieguismo já, felizmente, ultrapassados.
Imaginemos um padre celebrando em latim numa capelinha rural. “Dominus vobiscum”. “Et cum spiritu tuo”. O nosso povo simples vai pensar que o padre está maluco ou, pelo menos, que o está xingando. Lembro-me de meu tempo de criança, quando a missa era em latim. As senhoras piedosas, não entendendo nada, rezavam o terço. Não tenho nada contra o terço -aliás eu rezo o rosário todos os dias- mas terço é reza, não é celebração.
Só falta defenderem a volta às famosas “mantilhas” que cobriam as cabeças das mulheres. E eu pergunto: por que não a dos homens? Seria até bonito ver os homens de “mantilhas rendadas”. Difícil seria encontrar quem as quisesse usar. A não ser alguns “cabeças de vento” que andam por aí querendo ensinar o pai posso ao vigário.
Mas, persiste a pergunta, o que está por detrás disso? Um saudosismo? Penso que não. É mais do que isso: é um desejo mórbido, um medo do novo. Uma aversão à mudança. É o que poderíamos chamar de -para usar uma expressão francesa – um “laissez faire, laissez passer”, um “deixa estar para ver como é que fica”. É uma tentativa de manter o “status quo”, mesmo que esse “status quo” beneficie a uma meia dúzia. E os outros é que se danem.
Para esses puritanos o inferno está cheio de gente; quando na verdade, cheio está o céu, porque Deus quer salvação de todos. E não apenas de uma minoria moralista que vê pecado em tudo e para quem o capeta é mais poderoso do que Deus. “Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes”, diz o profeta. Gente que se preocupa em lavar os copos, as taças, e não as mentes e os corações. É a velha posição dos fariseus – que ainda hoje são muitos - que criticavam Jesus por curar no dia de sábado. Lembro-me da história de uma pessoa que, ouvindo a notícia de que o João havia assassinado Pedro na sexta feira santa, disse: “por que ele não deixou para matar no sábado?“ Para esta pessoa o dia era o mais importante.
Termino citando dois pensamentos que fazem pensar: “O passado é uma lição para se meditar, não para se reproduzir” (Mário de Andrade — autor de Macunaíma); “Leve do altar do passado o fogo, não as cinzas” (Jean Jures — líder socialista francês).
Nosso agradecimento ao leitor Dionisio Lisbôa pela indicação.
* * *
Espiritismo: teoria ou religião?
Nós encontramos, na história, vários codificadores de teorias. E teoria, segundo o Aurélio, é o conjunto de princípios fundamentais de uma arte ou ciência. Marx codificou as teses socialistas; Adam Smith, as capitalistas; Charles Darwin, as evolucionistas; Allan Kardec, as espiritistas. Cada um no seu campo específico.
Allan Kardec, por exemplo, preocupado com a vida após a morte, defendia a tese da reencarnação, fundado num princípio de “nova chance”, talvez preocupado com a condenação eterna. Foram muitos os seus seguidores e, principalmente no Brasil, o espiritismo assumiu características de religião. E o vasto tempo de apologética da Igreja católica contribuiu para isso. Daí os espíritas terem sido estigmatizados pelos católicos como hereges.
No meu ponto de vista, três coisas devem ser consideradas. Primeiro, que toda religião tem doutrina e culto. O espiritismo tem doutrina e não tem culto. Daí ser uma teoria e não uma religião. Basta ver que os espíritas estão mais ligados à Igreja Católica. Dificilmente se encontra um espírita evangélico, isto é, protestante. Eles fazem questão de batizar os filhos na Igreja Católica, casar na Igreja Católica e chegam até encomendar missa de sétimo dia, na igreja Católica, para os familiares falecidos.
Em segundo lugar, o que leva uma pessoa a ser espírita? São várias as razões: uns, por tradição: os pais são espíritas, os avós foram espíritas. Outros porque procuram respostas imediatas para questões insolúveis: a morte, por exemplo. Quando uma “alma” envia mensagens, ela, de certa forma, alivia o sofrimento dos que ficaram. Se um filho perdeu a mãe, indo ao centro espírita, julga que se “comunica” com ela, isso serve de alívio para ele.
E, em terceiro lugar, onde o espiritismo se desenvolveu? Nos países subdesenvolvidos. Não se fala de espiritismo, por exemplo, na Europa. Lembro-me que, uma vez, numa visita ad limina – visita que os bispos fazem ao Papa – um bispo brasileiro tentava falar do crescimento do espiritismo no Brasil. E o Papa não conseguia entender o que era o espiritismo de que o bispo falava. É, de certa forma, o “animismo” que caracteriza o “africanismo” e seus cultos.
A única coisa que, no espiritismo, contraria a Igreja Católica é a teoria da reencarnação. Isso porque ‘bate de frente’ com a fé na ressurreição. Eu chamaria isso de “atalho”, E o que é um “atalho”?  O dicionário vem em nosso socorro: “caminho que encurta a distância entre dois pontos”. No mundo moderno temos muitos atalhos: o quebra-molas, por exemplo. É mais fácil colocar um obstáculo na estrada do que educar para o trânsito; o preservativo: é mais fácil recomendar o seu uso do que promover uma educação para a castidade. Assim, a reencarnação: é mais fácil “dar uma chance” à alma penada do que exigir dela, em vida, uma conversão.
Outro aspecto relevante no espiritismo é a caridade. Os espíritas são caridosos, isto é, promovem a caridade como forma de purificação. Basta ver o exemplo de Chico Xavier. Inúmeras foram as obras de caridade por ele sustentadas. Apesar de seu “status” de médium famoso, procurado por tanta gente, viveu e morreu pobre. Talvez tenha sido esta a “isca” para atrais tantos admiradores. Com certeza, foi isso que fez dele o “papa” do espiritismo.
Espiritismo: teoria ou religião? Para mim, perguntar se um espírita pode ser católico é o mesmo que perguntar se um evolucionista ou capitalista também pode. Ou, para ser mais radical, um corintiano pode ser católico? Ou, então, um católico pode ser corintiano? Não só pode, como deve.

Obs.: grifos em negrito por “Fratres in Unum

3 comentários:

  1. Bispo da roda da samba que tocou cavaquinho Dom Pedro Casaldáliga

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  2. O que os fieis católicos de Betim estar passando, também nos aqui de Cidade Ocidental-GO estamos passando . O pároco de minha cidade disse em uma missa da rcc que os fieis estão proibidos de assistir a missa Tridentina que acontece aqui, e também nos ameaçou de excomunhão. Coragem Irmãos, a luta de vocês não e em vão!

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  3. AS VÁRIAS FACES E DISFARCES DO ESPIRITISMO-SINCRETISMO-REENCARNACIONISMO, OCULTISMO, MAGIA, NOVA ERA/NWO E VÍNCULOS COM O SATANISMO.
    A Igreja Católica proíbe, por haver incompatibilidade total, os ocultismos, como: consultar advinhos, cartomantes, tarô, kardecistas, mães/pais-de-santos e horoscopistas; idem, tatuar-se de cobras, escorpiões, lagartos, sinais externos de pertença ao demônio, portar amuletos, figas, patuás,, recitar “orações fortes”, correntes de oração, evocar mortos, umbanda, candomblé, vodu, ir a igrejas evangélicas quase todas – anúncios a rodo – adotantes de mesmas práticas espíritas, como expulsão de supostos maus espíritos e afastar malefícios, turbinar a vida financeira, admitir a herética teologia da prosperidade – a teologia do “ter”, não do “ser” etc., são práticas condenáveis pela Igreja, havendo sensível participação de forças ocultas.
    Há muitas das supostas manifestações comunicações mediúnicas de espiritismo que são fraudes de mágicos, como supostos espíritos de mortos em contato com vivos ou serem manifestações demoníacas; aliás, não existe católico-espírita, apenas espírita que se diz católico, com sérias objeções a reencarnacionistas confrontando o Evangelho, pelo qual após a morte a alma é levada a julgamento; Hb 9,27: está escrito que todos hão de morrer uma só vez, depois de que segue-se o juízo; de igual forma Jesus na cruz dizendo ao ladrão arrependido, dentre outras referências, como: Jó 7, 9-10 e Ecle 12,7, etc.
    Incluem-se multis sedutores filmes e revistas infantis de aparências inocentes e ingênuas, estilo Harry Potter, Anime Naruto, envolvendo “diabinhos, monstrinhos” e “bruxinhos” etc, com várias mensagens subliminares satanistas subtendidas, ou os mais diversos seres cósmicos, porém bem engendradas maquinações de Satanás indo sutilmente envolvendo e atiçando a mente especialmente das crianças ao ocultismo-esoterismo, aderindo às suas práticas até à subversão total; o método do diabo é: apertar o cerco aos poucos, seduzir até chegar à captura definitiva da pessoa, ao ponto de quase obstruir uma reeducação cristã.
    Idem, o mesmo se atribui às religiões orientais, também algo filosóficas como as práticas meditacional-transcendentais da Yoga, Seicho-no-ye e outras “holísticas” de curas integrais em que há explícitos deísmo subjetivista; idem o panteísmo, em que a pessoa por práticas meditacionais pode integrar se a Deus.
    Ao Deus único e trino pertence o futuro e toda vez que, de alguma forma tentamos desvendá-lo, ou conhecer o oculto, para fazer ou não acontecer algo, somos tentados e consentimos no orgulho e soberba ao assim agirmos: o querermos ser como Deus, de forma implícita no mínimo; dominar o invisível à nossa volta, de forma a mantê-lo sob controle de nossos ideais e interesses.
    Há várias referências bíblicas à condenação dessas atitudes idolátricas, no AT: em Dt 18,10, Jr 28,29 2 e Is 8,9 Rm, etc., e no NT como em Mt 6,24 e Lc 16,13: Ninguém pode servir a dois senhores… E em todos e a Igreja adverte de não prática dessas ações, graves desvios na fé cristã. Confira o Catecismo Católico: 2115-17.
    Sem dúvida, é atestado público de desconfiança na pessoa e poder de Jesus de nos proteger e salvar plenamente, já que por duvidar ou achar que não nos protege ou atende o suficiente, recorremos a outras “forças ocultas” para suprir tal deficiência que julgamos existir de alguma forma de sua parte; quem assim procede e se mantém, está dominado; é desde já antecipado comparsa de Satanás para a eternidade afora…

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