Salve Maria!
Conforme foi noticiado em muitos sites e blogs de cunho católico, a última declaração do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (da Fé, sic!) D. Ludwig Muller foi simplesmente estarrecedora. O mesmo Prefeito já havia dito muitas outras coisas estranhas à catolicidade que podem ser constatadas nos seus discursos e entrevistas, entretanto, a última do Cardeal Prefeito foi simplesmente denunciante.
S. Eminência acredita que muitos protestantes luteranos crêem que as reformas necessárias na Igreja já foram implementadas pelo Concílio Vaticano II, o último Concílio da Igreja. (assim entendemos a reportagem)
Vejamos que, com esta afirmação, o Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé diz abertamente que o Concílio Vaticano II foi uma obra essencialmente protestante dentro da Igreja que visava implementar as idéias de Martin Lutero.
Ainda na mesma reportagem, D. Muller afirma que a Igreja está estudando uma criação de um Ordinariato próprio para os Luteranos que “desejam regressar à pela comunhão com a Igreja Católica”(sic!). Ora! Só se pode regressar à plena comunhão quem estava em comunhão parcial. Desde a revolta protestante no século XV sabemos que os protestantes nunca estiveram em comunhão com a Igreja, nem parcial nem plenamente, até porque, são protestantes. Isso é lógico para qualquer um.
Depreendemos da declaração do Cardeal Prefeito que, conforme todo o Orbe Católico está careca de saber, o último Concílio da Igreja foi feito para agradar os protestantes, desde a liturgia ao Catecismo (Doutrina).
Sabemos que os Documentos Conciliares “Unitatis Redintegratio” e a “Nostra Aetate” são documentos totalmente divorciados da Doutrina de Sempre, entretanto nunca se havia falado abertamente, por um cardeal da mais alta Cúria Romana que muitos protestantes acreditam que as reformas necessárias ao Protestantismo já foram implementadas pelo CVII.
Vejamos que o protestantismo nasceu de uma revolta à Igreja de Cristo e seus representantes, e estes separados da Igreja de Deus não podem dar frutos (ao menos bons). Nosso Senhor disse: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim”. (São João XV,4). Com isso, Nosso Senhor decreta que todo aquele que não está preso à Ele (e conseqüentemente à Sua Igreja que é extensão do Seu Glorioso e Venerável Corpo) não pode dar frutos, entretanto os documentos do Concílio Vaticano II que proclamam o ecumenismo como dogma para o século XX e XXI se esqueceram desta ilustre passagem, dentre outras.
A aproximação com os protestantes não os fará católicos. O Ecumenismo que vemos ocorrendo nos últimos 50 anos é o contrário. O número de Católicos Romanos nunca esteve tão baixo, ou seja, com estes malditos diálogos e concessões com protestantes, cada vez mais católicos vão se aderindo à revolução protestante.
As Escrituras nos alertam: “Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más.” (II São João I,10,11).
Santo Agostinho já dizia: “Um homem cristão é católico enquanto vive no Corpo; decepado deste torna-se um herege. O Espírito não segue um membro amputado.”
São Tomás de Aquino nos diz:
“Por duas razões não se deve manter relações com os hereges. Primeiramente, por causa da excomunhão, pois, sendo excomungados, não se deve ter relações com eles, da mesma maneira que com os outros excomungados. A segunda razão é a heresia. – Em primeiro lugar, por causa do perigo, para que as relações com eles não venham a corromper os outros, segundo aquilo da primeira epístola aos Coríntios (15, 33): ‘As más conversações corrompem os costumes’. E em segundo lugar para que não pareça se prestar algum assentimento às suas doutrinas perversas. Daí dizer-se na segunda epístola canônica de S. João (v. 10): ‘Se alguém vier a vós e não trouxer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis, pois o que o saúda toma parte em suas más obras’. E aqui a Glosa comenta: ‘Já que para isso foi instituída, a palavra demonstra comunhão com esse tal: de outro modo não seria senão simulação, que não deve existir entre cristãos’. Em terceiro e último lugar, para que nossa familiaridade [com eles] não dê aos outros ocasião de errar. Por isso, outra Glosa comenta a respeito dessa passagem da Escritura: ‘E se acaso vós mesmos não vos deixais enganar, outros todavia, vendo vossa familiaridade [com os hereges], podem enganar-se, acreditando que esses tais vos são agradáveis, e assim crer neles. E uma terceira Glosa acrescenta: ‘Os Apóstolos e seus discípulos usavam de tanta cautela em matéria religiosa, que não sofriam sequer a troca de palavras com os que se haviam afastado da verdade’. Entende-se, porém: excetuado o caso de alguém que trata com outro a respeito da salvação, com intuito de salvá-lo”. Quaestiones quodlibetales, quodlibeto 10, q. 7, a. 1 (15), c.
É sabido e ressabido que os dogmas, verdades reveladas, não podem ser mudados, alterados ou mesmo evoluídos, entretanto, parece-nos que o dogma “extra Ecclesiam, nulla salus” foi aggiornatto à la Concílio (como se um dogma pudesse ser adaptado ao tempo e modo e ao bel-prazer da autoridade-hierárquica).
Com a aproximação dos católicos com os protestantes e com o desarmamento dos primeiros em face dos segundo, ficou fácil para eles ganharem a guerra. No Catecismo da Igreja Católica (sic!) promulgado pelo Papa João Paulo II no início da década de 90, deixa claro que no protestantismo existem elementos de salvação e santificação das almas. Ora! Isso é inadmissível se compararmos à Doutrina de Trento! E ainda há quem diga que não se mudou nada em matéria de Doutrina, Fé e Moral nos últimos 50 anos!
Com este novo catecismo não conseguimos mais combater os erros protestantes, visto que também lá tem elementos de salvação e santificação. Toda a luta de Trento para cá foi INÚTIL! Os reformadores do CVII reduziram as condenações do protestantismo em pó.
Agora é normal e aceitável visita das Autoridades às Sinagogas, Mesquitas, Espaços Luteranos, Anglicanos, Maçonaria e etc. Agora é crime contra a dignidade da pessoa humana repetir Verdades que antes, eram sustentáculos da Verdadeira Igreja. Deus não tem mais dignidade. Agora só o Homem a tem.
Não delongando mais no assunto maçante, deixo apenas abaixo algumas citações que vão contra as declarações de S. Eminência Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé:
São Cipriano (séc. III): “Não há salvação fora da Igreja”.
Credo de Santo Atanásio (séc. IV), oficial da Igreja Católica: “Todo aquele queira se salvar, antes de tudo é preciso que mantenha a fé católica; e aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá para sempre (…) está é a fé católica e aquele que não crer fiel e firmemente, não poderá se salvar”.
Papa Inocêncio III (1198-1216): “De coração cremos e com a boca confessamos uma só Igreja, que não de hereges, só a Santa, Romana, Católica e Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva”.
IV Concílio de Latrão( 1215), infalível, Cânon I: “…Há apenas uma Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é salvo…”.
Cânon III: “Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia erguida contra a santa, ortodoxa e Católica fé sobre a qual nós, acima, explanamos…”.
Papa Bonifácio VIII (1294-1303): “Por apego da fé, estamos obrigados a crer e manter que há uma só e Santa Igreja Católica e a mesma apostólica e nós firmemente cremos e simplesmente a confessamos e fora dela não há salvação nem perdão dos pecados (…) Assim o declaramos, o decidimos, definimos e pronunciamos como de toda necessidade de salvação para toda criatura humana“.
Concílio de Florença (1438-1445): “Firmemente crê, professa e predica que ninguém que não esteja dentro da Igreja Católica, não somente os pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, não poderão participar da vida eterna e irão para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus anjos, a não ser que antes de sua morte se unirem a Ela(…)”.
O Concílio infalível de Trento (1545-1563) além de condenar e excomungar os protestantes, reiterou tudo o que os Concílios anteriores declararam, e ainda proferiu: “… A nossa fé católica, sem a qual é impossível agradar a Deus…”
Papa Pio IV (1559-1565), um dos papas do Concílio de Trento: “… Esta verdadeira fé católica, fora da qual ninguém pode se salvar…” (Profissão de fé da Bula “Iniunctum nobis” de 1564)
Papa Bento IV (1740-1758): “Esta fé da Igreja Católica, fora da qual ninguém pode se salvar…”.
Papa Gregório XVI (1831-1846), Mirari Vos: “Outra causa que tem acarretado muitos dos males que afligem a Igreja é o indiferentismo, ou seja, aquela perversa teoria espalhada por toda a parte, graças aos enganos dos ímpios e que ensina poder-se conseguir a vida eterna em qualquer religião, contanto que se amolde à norma do reto e honesto. Podeis com facilidade, patentear à vossa grei esse erro tão execrável, dizendo o Apóstolo que há um só Deus, uma só fé e um só batismo (Ef. 4,5): entendam, portanto os que pensam poder-se ir de todas as partes ao Porto da Salvação que, segundo a sentença do Salvador, eles estão contra Cristo, já que não estão com Cristo (Luc. 11,23) e os que não colhem com Cristo dispersam miseravelmente, pelo que perecerão infalivelmente os que não tiverem a fé católica e não a guardarem íntegra e sem mancha (Simb. SanctiAthanasii).
(…) Desta fonte lodosa do indiferentismo promana aquela sentença absurda e errônea, digo melhor disparate, que afirma e que defende a liberdade de consciência. Esse erro corrupto que abre alas, escudado na imoderada liberdade de opiniões que, para confusão das coisas sagradas e civis, se estende por toda parte, chegando a imprudência de alguém asseverar que dela resulta grande proveito para a causa da religião. Que morte pior há para a alma do que a liberdade do erro?, dizia Santo Agostinho (Ep. 166)”.
Erros condenados, pelo Papa Pio IX (1846-1878), no Syllabus:
15a “É livre a qualquer um abraçar o professar aquela religião que ele, guiado pela luz da razão, julgar verdadeira”.
16a “No culto de qualquer religião podem os homens achar o caminho da salvação e alcançar a mesma eterna salvação”.
17a “Pelo menos deve-se esperar bem da salvação eterna daqueles todos que não vivem na verdadeira Igreja de Cristo”.
18a “O protestantismo não é senão outra forma da verdadeira religião cristã na qual se pode agradar a Deus do mesmo modo que na Igreja Católica”.
Outro texto de Pio IX: “(…) não temem fomentar a opinião desastrosa para a Igreja Católica e a salvação das almas, denominada por Nosso Predecessor, de feliz memória, de ‘loucura’ (Mirari Vos) de que a ‘liberdade de consciência e de cultos é direito próprio e inalienável do indivíduo que há de proclamar-se nas leis e estabelecer-se em todas as sociedades constituídas; (…) Portanto, todas e cada uma das opiniões e perversas doutrinas explicitamente especificadas neste documento, por Nossa autoridade apostólica, reprovamos, proscrevemos e condenamos; queremos e mandamos que os filhos da Igreja as tenham, todas, por reprovadas, proscritas e totalmente condenadas”. (Quanta Cura)
Papa Leão XIII (1878-1903), encíclica Libertas Praestantissimum: “(…) oferecer ao homem liberdade (de culto)de que falamos, é dar-lhe o poder de desvirtuar ou abandonar impunemente o mais santo dos deveres, afastando-se do bem imutável, a fim de se voltar para o mal. Isto, já o dissemos, não é liberdade, é uma escravidão da alma na objeção do pecado.“
Papa Pio XI (1922-1939), Mortalium Animus: “ Os esforços [do falso ecumenismo] não tem nenhum direito à aprovação dos católicos porque eles se apóiam sobre esta opinião errônea que todas as religiões são mais louváveis naquilo que elas revelam, e traduzem todas igualmente, se bem que de uma maneira diferente, o sentimento natural e inato que nos leva para Deus e nos inclina ao respeito diante de seu poder(…) Os infelizes infestados por esses erros sustentam que a verdade dogmática não é absoluta, mas relativa, e deve pois, se adaptar às várias exigências dos tempos e lugares às diversas necessidades das almas”.
(…) “Os artesãos dessas empresas não cessam de citar ao infinito a Palavra de Cristo: ‘Que todos sejam um. Haverá um só rebanho e um só pastor’( Jo XVII,21; X,16), e eles repetem esses texto como um desejo e um voto de Cristo que ainda não teria sido realizado. Eles pensam que a unidade da fé e de governo,característica da verdadeira e única Igreja de Cristo, quase nunca existiu no passado e que não existe hoje… Eles afirmam que todas ( as igrejas) gozam dos mesmos direitos; que a Igreja só foi Una e Única, no máximo da época apostólica até os primeiros Concílios Ecumênicos(…). Tal é a situação. É claro, portanto, que a Sé Apostólica não pode por nenhum preço tomar parte em seus congressos, e que não é permitido, por nenhum preço, aos católicos aderir a semelhantes empreendimentos ou contribuir para eles; se eles o fizerem dariam autoridade a uma falsa religião cristã completamente estranha à única Igreja de Cristo”
São Pio X (1903-1914):
“Catecismo da Doutrina Cristã”, voz infalível do ensinamento dos Papas e dos Concílios:
149- Que é a Igreja Católica?
A Igreja Católica é a sociedade ou reunião de todas as pessoas baptizadas que, vivendo na terra, professam a mesma fé e a mesma lei de Cristo, participam dos mesmos sacramentos, e obedecem aos legítimos Pastores, principalmente ao Romano Pontífice.
153- Então não pertencem à Igreja de Jesus Cristo as sociedades de pessoas batizadas que não reconhecem o Romano Pontífice por seu chefe?
Todos os que não reconhecem o Romano Pontífice por seu chefe, não pertencem à Igreja de Jesus Cristo.
156- Não poderia haver mais de uma Igreja?
Não pode haver mais de uma Igreja, porque, assim com há um só Deus, uma só fé e um só Baptismo, assim também não há nem pode haver senão uma só Igreja verdadeira.
168- Pode alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana?
Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-se, como ninguém pôde salvar-se do dilúvio fora da arca de Noé, que era figura desta Igreja.
“Lançai fora a ímpia e funesta opinião de que, em qualquer religião, é possível chegar ao caminho da salvação eterna” (Papa Pio XI)
Fonte das citações: Repórter de Cristo (não conheço este site, apenas retirei estas últimas citações de lá).
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