Florilégio de textos de Monsenhor Lefebvre – Pelos Dominicanos de Avrillé
Florilégio de textos de Monsenhor Lefebvre
OS FUNDAMENTOS DE NOSSA POSIÇÃO
Tradução por Rafael Horta
“A verdadeira oposição fundamental é o Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo. ‘Oportet illum regnare’, é preciso que Ele reine nos diz São Paulo. Nosso Senhor veio para reinar. Eles dizem não, e nós, nós dissemos sim, com todos os papas. Nosso Senhor não veio para ficar escondido no interior das casa, e delas não poder sair. Por que os missionários, tantos deles, foram massacrados? Para pregar que Nosso Senhor Jesus Cristo é o Único e Verdadeiro Deus; para dizer aos pagãos de para se converterem. Então os pagãos quiseram fazê-los desaparecer, mas eles não hesitaram em dar suas vidas para continuar a pregar Nosso Senhor Jesus Cristo. Agora é preciso fazer o contrário, dizer aos pagãos: ‘Vossa religião é boa, conservai a mesmo que vós sejais budistas, bons muçulmanos ou bons pagãos!’ é por isso que não podemos nos entender com eles (Roma), por que nós obedecemos a Nosso Senhor dizendo aos apóstolos: ‘Ide ensinar o Evangelho até as extremidades da Terra.’”
“Por isso, não deve surpreender-nos que não fomos capazes de nos entender com Roma. Não é possível, desde que Roma não volte à fé no reino de nosso Senhor Jesus Cristo, pois dá a impressão de que todas as religiões são boas. Estamos diante de um confronto com a fé católica, como se confrontaram o cardeal Bea e o cardeal Ottaviani, e como se confrontaram todos os papas com o liberalismo. É a mesma coisa, a mesma corrente, as mesmas ideias e as mesmas divisões no seio da Igreja [1].”
“Nós devemos ser livres de todo compromisso, tanto a respeito dos sedevacantistas quanto a respeito daqueles que querem absolutamente ser submissos a autoridade eclesiástica.
Nós queremos permanecer apegados a Nosso Senhor Jesus Cristo. Ora, o Vaticano II descoroou Nosso Senhor. Nós queremos ficar fiéis à Nosso Senhor, Rei, Príncipe e Dominador do mundo inteiro. Nós não podemos mudar nada nesta linha de conduta.
Também, quando se nos coloca a questão de saber quando haverá um acordo com Roma minha resposta é simples: quando Roma recoroar Nosso Senhor Jesus Cristo. Nós não podemos estar de acordo com aqueles que tiram a Coroa de Nosso Senhor. No dia em que eles reconhecerem novamente Nosso Senhor Rei dos Povos e das Nações, não é nós que eles se unirão, mas à Igreja Católica na qual nós permanecemos [2].”
RECOMENDAÇÕES DE MONSENHOR LEFEBVRE ANTES DAS SAGRAÇÕES
“Duas semanas antes das sagrações de 30 de junho de 1988, Monsenhor Lefebvre convidou a estarem em Ecône os quatro padres escolhidos para fazerem os preparativos para a cerimônia. No correr de dois ou três dias em que eles passaram no seminário, no mesmo momento, Monsenhor Lefebvre lhes concedeu dois discursos privados, em um dos quartos do seminário, ao lado do seu, que é agora o oratório São Marcel.
Apartir das notas tomadas enquanto ele falava com sua habitual calma e doçura, se pode reconstituir o texto aproximativo daquilo que disse. É de um grande interesse; estas palavras revelam o estado de espírito no qual este gigante da história da Igreja colocou neste ato que foi, para a Tradição Católica, sua ‘cruzar o Rubicão’ e para Monsenhor Lefebvre mesmo, como a coroação de sua gloriosa carreira a serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo.”
† Mgr Richard Williamson
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· 12 de junho
- Monsenhor Lefebvre: está terminado. Fim das negociações. Quanto mais se reflete mais se rende conta que as intenções de Roma não são boas. A prova: é o que se passou com Dom Augustin e o padre de Blignières [3]. Eles querem tudo reunir no Concílio, nos deixando apenas um pouco da Tradição.
M. de Saventhem [4] pensa que ainda há meio de se entender com Roma. Mas não se trata de pequenas coisas. Para Roma, eles ficam do jeito que estão; não se pode dar a mão com esse tipo de gente. Nós não queremos nos deixar engolir. É uma ilusão Dom Gerard [5] imaginar que um acordo nos daria um imenso apostolado. Sim, mas em um quadro equívoco, ambíguo que nos apodreceria.
Nos dizem : ‘Vocês terão mais vocações se estiverem com Roma...’ Mas estas vocações, se dissermos qualquer coisa contra Roma, se oporiam e encheriam de peste nossos seminários. E os bispos lhe diriam : ‘Então, vinde conosco !’ Lentamente a confusão se faria.
As irmãs de Saint-Michel-em-Brenne, as dominicanas de Fanjeaux e de Brignolles são todas contra um acordo: ‘não é preciso depender de Ratzinger, dizem elas. Imaginai: ‘se ele vier nos fazer conferencias!...e nos dividir!’
E se algumas de nós nos deixarem ? isto não seria tão grave como em 1977. Os padres Blin, Gottlieb e Cie, estão hoje todos dispersos [6]. É preciso uma segunda decisão contra a Roma neo-modernista (depois da primeira em 1976). Que quereis fazer ? Desta vez é mais grave ? o problema de fundo continua o mesmo : Roma quer aniquilar a Tradição. Quanto aos sede-vacantistas, estão furiosos contra nós.
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É por respeito à Igreja, à serviço da Fraternidade São Pio X, que faço essas sagrações, como estipulado no protocolo de 5 de maio. É a Fraternidade que é o interlocutor válido junto de Roma. Pertencerá ao Superior Geral de retomar contato com Roma no tempo oportuno.
O papel dos bispos sagrados: as ordenações, as confirmações e a manutenção da fé [7] à ocasião das confirmações. Será preciso proteger o rebanho.
Isto será um grande apoio à Fraternidade. Será preciso um grande acordo, sem muitas iniciativas pessoais, por exemplo, em caso de pedidos de ordenações. Não ordenais ninguém individualmente. E examinai bem a comunidade de onde vêm os candidatos.
Roma quer nos fazer virar.
Depois de 30 de junho eu fico aqui; terei terminado, tendo dado a Fraternidade o quadro que lhe era preciso. Ao papa eu digo: quando a Tradição voltar a Roma, não haverá mais problema.
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A excomunhão ? ela não valeria nada pois que eles não procuram o bem da Igreja. Mas excomungar vai lhes fazer bem.
Eles estão um pouco em panico. Eles procuram me atingir de todos os lados : de Saventhem, um bispo Tcheco, etc. Eles procuram me impedir de agir. Eles quiseram me enviar madre Teresa de Calcutá.
Mas não é dificil os receber. Não é preciso ficar relembrando disso a todo momento. Basta ler a carta do padre C. Que debocha de nossos seminarista os afastando de nós : ele confessa que os trata como traidores, que os obriga a deixar a batina, que não os recebe. Ele descobriu isso que é Roma. « Mater Ecclesiae » : isso que eles querem fazer de nós [8] ! E Ratzinger, no momento deste acordo, se alegraria com a partida dos seminaristas. Então, por que eles mantem conversação conosco ? Deus nos protegeu fazendo que o acordo não acontecesse.
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· 13 de junho
- Monsenhor Lefebvre: sejam agradecidos da parte da Fraternidade.
No fundo, Roma não responde nunca à questão essencial. Eles nos pedem uma declaração, eles nos obrigam a aderir a um mínimo disto que eles pensam, mas nunca está em questão o fundo liberal e modernista. Ao passo que eu, constantemente lhes relembro se seu modernismo.
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(Sobre o carta de 2 de junho) [9]:
As conversas, embora bem educadas, nos convenceram que o momento para um acordo ainda não veio. Nós precisamos de uma proteção contra o espírito de Assis. Nós não temos nunca resposta a nossas objeções, nunca! Todas as brigas não serviram de nada. Nós perseguimos, eles e nós, dois objetivos diferentes nestas conversas. Nós esperamos que a Tradição volte a Roma; mas eles não se movem nunca.
A resposta do Santo Padre a minha carta diz isso (em substancia): “Preocupado pela unidade, eu quis ter essas conversas. Em 5 de maio (data da assinatura do protocolo) permitiria a Fraternidade de continuar na Igreja, segundo os 21 concílios, compreendido o Concílio Vaticano II.
Eu dei uma resposta oral. Nenhuma resposta de Roma até o momento.
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Um de nossos padres da Fraternidade me propôs de fazer uma carta de perdão. Mas respondi que diante de Deus, nós é que deveríamos pedir que eles fizessem o juramento anti-modernista e de aceitar a Lamentabili e a Quanta Cura. Nós é que devemos questionar sobre a fé. Mas eles não respondem. Eles não fazem nada além de confirmar seus erros.
Em 12 de junho, M. Saventhem me disse: “Sois vós que levareis a responsabilidade.” Eu lhe respondi: “Vede a carta do padre C. sobre a Mater Ecclesia. O padre escreveu: ‘Eu lamento tudo’. Há igualmente sua carta de súplica ao cardeal Ratzinger. Ele enviou várias cartas ao cardeal e não teve nenhuma resposta! Durante dois anos, eles riam destes jovens que foram obrigados a se alinhar.”
Garrone, Innocenti, Ratzinger: é o mesmo espírito para conosco. Fontgombault, Port-Marly, sempre a mesma coisa. O bispo local tem a razão e a Tradição é a culpada.
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Seventhem disse que são pequenos detalhes! Mas há muitas consequências atrás dos pequenos detalhes. Eles desejam levar nossas obras para o espírito conciliar. Se tivéssemos aceitado estaríamos mortos! Não teríamos durado um ano.
Seria preciso viver em contato com os conciliares, ao passo que atualmente nós estamos juntos. Si tivéssemos dito sim teríamos uma divisão no seio da Fraternidade; tudo nos teria dividido.
Novas vocações viriam porque estaríamos com Roma, nos dizem. Mas estas vocações não suportariam nenhuma distancia de Roma, nenhuma crítica: isto seria a divisão! Atualmente, as vocações se classificam elas mesmas.
Vejais: Monsenhor Decourtray oferece ao padre Laffargue uma paróquia tradicional, sob condição de deixar a Fraternidade... Eles roubam os fiéis, eles nos levariam ao concílio...
É por isso que salvamos a Fraternidade e a Tradição nos afastando prudentemente. Fizemos uma tentativa leal; nós nos perguntamos se poderíamos continuar com tal tentativa e estando protegidos: isso seria impossível. Eles não mudaram, senão para pior. Um exemplo: as relações de Monsenhor Casaroli com Moscou...
Nossos fiéis estarão loucos de alegria. Eles dirão: ‘a Tradição continua’. Isto seria ‘ouf’ à 90%.
Não teríamos bispo para o dia 15 de agosto. Monsenhor Schwery disse a televisão e a rádio que o Vaticano tinha recusado nossos candidatos. Se fosse Dom Gerard, o padre Pozzetto, o padre Laffargue, eles aceitariam, mas não nossos candidatos. Então, eles teriam adiado indefinidamente...
Em tudo isso Monsenhor Seventhem raciocina como se fosse um deles.
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Vosso papel, sendo bispos, será o de dar os sacramentos e de assegurar a pregação da fé.
Vos estareis ao serviço da Fraternidade. Roma tratou comigo a causa da Fraternidade que é um orgão válido. Tende uma grande união entre vós para dar mais força a Tradição. E estará a cargo do Superior Geral de tomar as decisões. Atenção para com as ordenações sob condição : quase todos aqueles que estão neste caso nos abandonam. E preciso antes re-confirmar que re-ordenar.
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O mesmo padre me fez saber que no l’Obsservatore Romano, Roma disse que haverá uma declaração de excomunhão.
Eu respondi ainda que consagrar bispos não é em si cismático. A excomunhão não figuraria no antigo Código. Foi somente depois de Pio XII que a consagração dos bispos patrióticos chineses isso foi declarado cismático.
Em Roma eles estão muito nervosos. Saventhem me deu o número de fax do cardeal Ratzinger.
Eles têm AIDS espiritual. Eles não têm mais a graça. Eles não têm mais sistema de defesa. EU NÃO CREIO QUE SE POSSA DIZER QUE ROMA NÃO PERDEU A FÉ.
As sanções de inconveniência diminuirão com o tempo. O povo simples compreendera, é o clero que reagirá...
As testemunhas da fé, os mártires, tem sempre a escolher entre a fé e a autoridade. Nós vivemos o processo de Joana d’Arc; mas em nosso caso, isso não acontece de uma vez só, é durante 20 anos.
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ANEXO
ROMA E A “RECONCILIAÇÃO”: A CARTA DO PADRE C.
Aqui estão alguns trechos da carta escrita pelo seminarista que tinha saído de Ecône para o seminário Mater Ecclesiae em Roma, carta a qual Monsenhor Lefebvre fez alusão acima. O estabelicimento querido por João Paulo II,, aberto por ele em 15 de outubro de 1986 e protegido por uma comissão cardinalícia, Mater Ecclesiae deveria acolher seminaristas saídos de Ecône e « aqueles de semsibilidade análoga ». o que está descrito nesta carta não é o mesmo que está acontecendo com a Fraternidade São Pedro e com aqueles que seguiram o mesmo caminho, bem mais lentamente, sem dúvida e de maneira bem mais hábil ? Com efeito, o Papa não declarou a estes últimos, por ocasião de sua recente peregrinação à Roma pelos dez anos do Mater Ecclesiae, que ele iria voltar sobre as conquistas do Vaticano II e da reforma liturgica ?
Eu lamento ! Sim, eu tenho muito a lamentar desta « questão » Mater Ecclesiae. Primeiramente por ter enviado, por ter feito muitos pedidos e com insistencia, em favor por exemplo, de maior frequencia da Missa de São Pio V, o hábito eclesiastico, da correção, sobre o seminário, cursos na Universidade Angelicum, etc....
A resposta e estes pedidos, várias vezes reiterado, foi o silencio e sobretudo, o alinhamento progressivo e hoje completo da casa e de cada um dos seminaristas. Todo o trabalho está atualmente a cargo dos progressitas, bispos francesses sendo os responsáveis e menos tradicionalistas.
Dia apos dia, nós vimos a situação piorar, os seminaristas sem hábitos se fazem aceitar pelos bispos renunciando a tudo, estando prontos a tudo... em seguida foi o tempo das sanções : todos aqueles que estavam encarregados de nos ajudar, foram obrigados a não mais se ocupar de nós ... daí em diante, para aqueles que não queriam ficar sob o julgo dos bispos da França ou de outros lugares, não havia absolutamente outra solução... Vagus !
E o papa não fez nada e, sem dúvida, o ano seguinte, a casa Mater Ecclesiae será fechada, o que não seria má coisa.
Várias vezes tive a ocasião de repetir, seja ao cardeal Ratzinger, seja a outros monsenhores da Cúria que, infelizmente, tinha constatato que Monsenhor Lefebvre tinha razão sobre a maioria das coisas e que eu me tinha enganado.
Tenho muita pesar de vos escrever estas linhas, a idiotice de ter abandonado Ecône, apesar de vossos conselhos, a convardia das autoridades (eu peso minhas palavras) quando se trata da Tradição e seu igual relachamento quando se trata de « ecumenismo » com os outros, o abandono e a negação de quase todos aqueles que estavam engajados a nada deixar... tudo, sim, absolutamente tudo me leva a lastimar.
(Roma, 2 de junho de 1988)
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CARTA DE MONSENHOR LEFEBVRE AO PAPA
+ Ecône, 2 de junho de 1988
Santo Padre,
As relações e conversas com o Cardeal Ratzinger e seus colaboradores, apesar de terem se passado em uma atmosfera de gentileza e caridade, nos convenceram que o momento de uma colaboração franca e eficaz ainda não tenha chegado.
E para guardar intacta a fé de nosso batismo que devemos nos opor ao espírito do Vaticano II e as reformas que ele inspirou.
O fauso ecumenismo, que é a origem de todas as inovações do Concílio, na liturgia, nas relações novas da Igreja e do mundo, na concepção de Igreja mesmo, conduz a Igreja à sua ruína e os católicos a apostasia.
Radicalmente opostos a esta destruição de nossa fé e resolvidos a permanecer na doutrina e a disciplina tradicionais da Igreja, especialmente nisto que concerne a formação sacerdotal e a vida religiosa, nós constatamos a necessidade absoluta de ter autoridades eclesiasticas que tomem nossas preocupações e nos ajudem a nos previnir contra o espírito do Vaticano II e o espírito de Assis.
É por isso que nós pedimos vários bispos escolhidos na Tradição e a maioria dos membros da Comissão Romana, a fim de nos proteger de todo compromisso.
Sendo dada uma recusa de considerar nosso pedido, e sendo evidente que o objetivo desta reconciliação não é a mesma coisa para a Santa Sé e para nós, cremos preferível esperar um tempo mais propício. O retorno de Roma para a Tradição.
É por isso que nós nos daremos os meios de seguir a obra que a Providencia nos confiou, assegurados pela carta de sua Eminência o Cardeal Ratzinger datada do dia 30 de maio, que a consagração episcopal não é contrária a vontade da Santa Sé, pois que ela foi concedida para o dia 15 de agosto.
Nós continuaremos a rezar para que a Roma moderna, infestada de modernismo, volte a ser a Roma católica e reencontre a Tradição bimilenar. Então o problema da reconciliação não terá mais razão de ser e a Igreja reencontra uma nova juventude.
Dignai aceitar, Santo Padre, a expressão de meus sentimentos respeitosos e filialmente devotado em Jesus e Maria.
+ Monsenhor Marcel Lefebvre
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OUTROS TEXTOS DE MONSENHOR LEFEBVRE
“O Secretariado para a Unidade dos Cristãos, por concessões mutuas – o dialogo – chega à destruição da fé católica, à destruição do sacerdócio católico, à eliminação do poder de Pedro e dos bispos. O espírito missionário dos apóstolos, dos mártires, dos santos está eliminado. Tanto que o Secretariado guardar o falso ecumenismo como orientação e que as autoridades eclesiásticas o aprovarem, se pode afirmar que eles permanecem em ruptura aberta e oficial com todo o passado da Igreja e com seu Magistério oficial. É pois, um dever estrito para o padre querendo permanecer católico, de se separar desta Igreja conciliar, sendo que nela não encontrará a Tradição do Magistério da Igreja e da fé católica.”
Monsenhor Lefebvre, Intinérario Espiritual, Capituloe 3
“Roma perdeu a fé meus caros amigos. Roma está na apostasia.
Não são palavras ao vento que vos digo. É a verdade.
Roma esta na apostasia.
Não se pode mais ter confiança neste mundo de Roma. Ela saiu da Igreja, eles saíram da Igreja, eles saem da Igreja. Isso é certo, certo, certo.
Eu fiz um resumo para o cardeal Ratzinger em algumas palavras. Eu o disse: ‘Eminência, mesmo se vós concedeis um bispo, mesmo se nos concedeis certa autonomia em relação aos bispos, mesmo se nos concedeis a liturgia de 1962, se vós nos concedeis continuar os seminários e a Fraternidade como nós o fazemos atualmente, nós não podemos colaborar, é impossível; por que nós trabalhamos em direções diametralmente opostas: vós trabalheis para a descristianização da sociedade, da pessoa humana, da Igreja; nós trabalhamos a cristianização. Não podemos nos entender’. [...]
Vocês acabam de me dizer que a sociedade não pode ser cristã.”
Monsenhor Lefebvre, Conferencia aos padres em Ecône por ocasião do retiro sacerdotal. 01.09.1987
“Eu vos conferirei esta graça (a do episcopado), confiando que sem tardar a Sé de Pedro estará ocupada por um sucessor de Pedro perfeitamente católico entre as mãos do qual, vocês poderão depositar a graça de vosso episcopado para que ele o confirme.”
Monsenhor Lefebvre, Carta aos quatro futuros bispos, 28 agosto de 1987.
[1] — Conférencia em Sierre (Suiça), em 27 de novembro de 1988, extraito de Fideliter 89 (set. 1992), p. 12.
[3] — O monsteiro beneditino de Dom Augustin, pouco a pouco, se entregou a Nova Missa no final dos anos 1980 ; a fundação dos terciários dominicanos do padre Blignières passou do sedvacantismo ao acordo com Roma e a liberdade religiosa.
[5] — Na época, prior do mosteiro de Sainte-Marie Madeleine du Barroux e que escolheu fazer acordo com Roma em 1988.
[6] — Monsenhor Lefebvre faz alusão aos padres que o tinham deixado em 1977 ; eles foram encorporados as dioceses e hoje dizem a nova missa.
[8] — Monsenhor Lefebvre faz alusão a uma empreitada de recuperação orquestrada por Roma (e o cardeal Ratzinger) em 1986-1987 : um seminário de « sensibilidade tradicional », daí o nome de Mater Ecclesiae, tinha sido aberto em Roma para recuperar os seminaristas saídos de Ecône. O seminarista que tinha servido como instrumento para esta aventura escreveu a Ecône, pouco tempo antes das sagrações de 1988, para confessar que ele tinha sido enganado pelas autoridades rromanas.
[9] — Se trata da carta pela qual Monsenhor Lefebvre abre ao papa sua consciencia ; ele não poderia prolongar as negociações com base na deslealdade de Roma e por que o objetivo da reconciliação esperada « não é para a Santa Sé o mesmo que é para nós. »
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